segunda-feira, 2 de agosto de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
TEXTO USADO NA CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PESQUISA E ABORDAGEM COM OS AGENTES DE DESENVOLVIMENTO E OS PROFESSORES DA UFC, AÉCIO OLIVEIRA E ADRIANA BRAGA. DIA 23/07/2010
Mobilizando para uma nova economia
Identificação de grupos produtivos potenciais: notas para a realização de um diagnóstico participativo
Aécio Alves de Oliveira*
1. Apresentação
O processo de diagnóstico aqui apresentado terá como ponto de partida a aplicação de dois formulários. Um junto a EES e outro a EAF, existentes no Grande Bom Jardim. O objetivo principal do diagnóstico é identificar possibilidades de inserção de jovens egressos ou assistidos do sistema prisional nessas entidades, ou em EES que venham a ser criados posteriormente. Os instrumentos de pesquisa servirão de ponto de partida à elaboração de projetos produtivos, incluindo-se planos de negócios e análise de viabilidade de possíveis EES.
O momento seguinte do processo de diagnóstico deverá reunir os Agentes de Desenvolvimento Solidário e os jovens para a definição de projetos produtivos. Nessa ocasião, serão importantes as narrativas de cada participante, de modo a recompor uma espécie de história oral, tal como ocorre em análises qualitativas de pesquisas históricas e sociológicas. É importante valorizar a memória de cada indivíduo acerca de acontecimentos vivenciados no cotidiano de sua comunidade, tendo em vista as mudanças que se fizerem necessárias para transformar a face da realidade em que vivem.
Nesse momento, os jovens serão abordadas num encontro coletivo, quando cada um terá oportunidade de expor seu conhecimento sobre questões suscitadas por um roteiro de entrevista a ser elaborado. Da interação de visões e de alternativas apresentadas deverão resultar sínteses sob a forma de prioridades a serem assumidas pelos diferentes grupos de interesse, numa etapa posterior. A ideia é estimular a organização de grupos de produção, de prestação de serviços ou voltados para atividades culturais, na perspectiva da economia solidária.
Apesar da aceitação de um grupo considerável de pesquisadores, a história oral é questionada por outros. Estes últimos afirmam que nem sempre aquele que está sendo entrevistado é coerente nas suas narrativas, porque podem apresentar falhas de memória, ser tendencioso, ou até mesmo mentir. No entanto, essas “deformações” poderão ser diminuídas ou mesmo anuladas, caso a narrativa seja direcionada para soluções de problemas comuns que afetem o grupo de pessoas envolvidas no processo. Além do mais, a expectativa é que, no caso de uma entrevista envolvendo um coletivo de participantes – Agentes e jovens apenados –, em busca de alternativas a serem partilhadas, a reminiscência pessoal de cada jovem evidencie experiências individuais de vida que serão cruciais para as definições buscadas em comum. Seja como for, é importante que todos(as) estejam atentos(as) para detectar as nuanças nas falas dos(as) participantes, buscando respostas consistentes e coerentes.
A história oral corresponde a uma abordagem pedagógica com a qual se procura despertar nos(as) participantes a importância do diagnóstico para a definição de prioridades. Para tal, a “entrevista coletiva” será o instrumento de pesquisa a ser aplicado, para posterior identificação de cada grupo produtivo. O roteiro da entrevista terá como foco identificar potencialidades para o desenvolvimento de atividades que gerem renda, juntamente às pessoas diretamente envolvidas, em locais do Grande Bom Jardim.
Após a identificação de cada grupo produtivo, suas especificidades serão debatidas, incluindo-se os problemas, limitações e perspectivas que poderão ser vislumbradas para as atividades a serem desenvolvidas. Ainda, como parte do diagnóstico, cada participante deverá preencher uma ficha que permitirá traçar um perfil socioeconômico individual, e de suas respectivas famílias.
No conjunto, os instrumentos de pesquisa permitirão estimar prováveis impactos econômicos diretos nas famílias, e indiretos nas comunidades onde as atividades produtivas forem desenvolvidas. O perfil do Grupo Produtivo, bem como o perfil socioeconômico dos jovens e suas famílias serão parte importante para a justificativa de eventuais projetos produtivos a serem financiados.
2. Objetivo Geral:
O objetivo geral do diagnóstico é identificar alternativas de inclusão socioeconômica nos EES e EAF existentes ou em EES a serem criados, para jovens egressos e assistidos do sistema prisional, no Grande Bom Jardim.
3. Metodologia:
►Fazer um debate com os Agentes de Desenvolvimento Solidário a respeito do processo de diagnóstico, tendo em vista as possibilidades de inclusão socioeconômica de jovens egressos e assistidos do sistema prisional, na perspectiva da economia solidária;
► Apresentação e discussão sobre os instrumentos de pesquisa a serem utilizados;
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4. Instrumentos de pesquisa
4.1-Formulário dos EES
4.2-Formulário das EAF
4.3-Perfil Socioeconômico dos Participantes
5. O que se espera do diagnóstico?
Um diagnóstico não é apenas um conjunto de informações. É um conjunto de informações, organizadas de forma a responder algumas perguntas pertinentes aos objetivos que se pretendem alcançar. Ele é parte de um processo de planejamento mais amplo que ficará concretizado na forma de projetos produtivos. Embora não haja uma receita pronta para se formular essas “perguntas pertinentes”, em geral, elas devem cobrir alguns aspectos gerais necessários ao processo de elaboração de projetos.
No caso presente, as principais questões referem-se à:
a) Identificação de atividades produtivas;
b) Motivações para as escolhas;
c) Conhecimento técnico, recursos disponíveis e prováveis fontes externas;
d) Dimensionamento preliminar do mercado;
e) Principais obstáculos a serem contornados.
Os momentos do diagnóstico correspondentes à aplicação de formulários de pesquisa, entrevistas coletivas e delineamento do perfil socioeconômico dos jovens e suas respectivas famílias deverão desembocar no processo de organização de grupos produtivos. Na etapa posterior, serão obtidas mais informações sobre a tecnologia do processo, um estudo mais apurado do mercado do produto e identificação de fontes de financiamento. Se as informações forem suficientes, segue a elaboração de projetos específicos para a obtenção de recursos e implantação dos grupos produtivos.
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* Professor de Pensamento Econômico Marxista, da Universidade Federal do Ceará
quarta-feira, 21 de julho de 2010
NOVA LEI INCENTIVA ORGANIZAÇÃO DE CATADORES E CATADORAS DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
por luciouberdan
Nesta quarta-feira (7), o Senado aprovou o Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tem, entre outros pontos importantes, a criação do Sistema Nacional de Informações de Resíduos Sólidos, o incentivo à organização de cooperativas ou outras formas de associação de catadores e catadoras de materiais recicláveis e um maior comprometimento dos três entes da federação com o tratamento dado aos resíduos. Também é destaque a “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas.
O Projeto foi apreciado e aprovado em sessão conjunta das comissões do Senado, Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Econômicos (CAE), Assuntos Sociais (CAS) e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). A sessão contou com a presença da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e da CUT.
Com base nesta nova lei tudo que envolva resíduos terá que ser repensado. Caberá ao Distrito Federal e aos Municípios, a elaboração de Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, os quais estarão condicionados ao acesso ou não de recursos da União para atendimento das demandas do setor.
Carmen Foro, secretária de Meio Ambiente da CUT avalia como um grande avanço a aprovação da Lei. ”Agora é necessária uma grande participação da sociedade para um bom acompanhamento da regulamentação e implementação”. O projeto agora segue para sanção presidencial. – Fonte: site CUT Nacional.
[Fonte: www.brasilautogestionario.org/]
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